Passamos os nossos dias a correr. Corremos para a escola, corremos para o trabalho; corrermos para comer, corrermos para fazer as nossas tarefas; corremos para estarmos um pouco com a família e amigos; corremos para o computador, para a consola ou para a televisão; corremos até para dormir e acabamos por dormir a correr. E no dia seguinte, começa tudo de novo!
No meio de tanta correria, quando é que paramos? Quando é que REALMENTE paramos? Não paramos para ouvir, não paramos para sentir, não paramos para reflectir. Há tanto ruído à nossa volta, que não deixamos o nosso espírito acalmar. Parece que andamos a fugir de nós mesmos e acima de tudo, de Deus.
Muitas vezes, não O deixamos entrar no nosso coração. Não necessariamente porque não queremos, mas porque não Lhe damos espaço. Com tanta coisa a acontecer à nossa volta, é fácil a preguiça apoderar-se de nós e desleixarmo-nos, fecharmo-nos e… deixarmos de acreditar.
É para isso que existe a oração. E oração não é apenas o que rezamos na Eucaristia. Não são só as orações já feitas, como o Pai Nosso ou a Avé-Maria. A oração mais importante é aquela que nos sai do coração. É uma conversa íntima, só nossa, com um amigo que vive dentro de nós e que está à espera que Lhe seja dada atenção. Que falemos com Ele, desabafemos, agradeçamos o que de bom nos deu nesse dia, a quem pedimos conselho. Se paramos e com calma escutarmos, Ele fala connosco e vemos que realmente habita em nós.
Para viver, precisamos comer todos os dias, não é? A nossa Fé, também precisa de alimento, por isso, devemos orar todos os dias.
Acreditem que bastam 5 ou 10 minutos por dia!
Por vezes a maior dúvida que temos é: “Mas como é que eu falo com Deus?“. Parece-nos ridículo pormo-nos a falar “sozinhos”, não sabemos os que havemos de dizer, não sabemos em que posição estar. E com tantos impedimentos que colocamos a nós próprios, acabamos por desistir antes mesmo de começar. É ou não verdade?
A primeira pergunta que nos surge é Onde e quando rezar?
A resposta? Podemos rezar em qualquer lado (numa Igreja, em casa, no quarto, com a família ou com um grupo de amigos, sozinho…) e também à hora do dia que nos for mais conveniente. O que interessa é experimentar, e todos os dias, tirar um bocadinho do dia para praticar.
Vanda Conde