Pena dos que não puderam participar neste Raid nocturno. Não vão nunca mais saber o que perderam… e não há palavras que o classifiquem ou descrevam! Não vou fazer o relato do que aconteceu, isso está na memória dos que o viveram.
Pensam que foi um Raid físico? Também foi, mas isso foi o que menos se impôs. O que aconteceu então? Nada melhor do que resumir a avaliação que todos vocês partilharam no final e que se sintetiza numas frases que li algures:
“Sabemos que é preciso caminhar. Passo a passo ir mais além. Com outros no nosso caminho o percurso é mais suave, mais fácil de percorrer, mais rico. Nós, escuteiros, gostamos de subir montanhas. Mesmo cansados é bom sentir que conseguimos. É bom olhar lá de cima e contemplar a paisagem. Se não temos aqui a montanha, podemos construir uma escada. A escada tem degraus que nos elevam. Que nos fazem subir mais alto. Olhar mais longe…”
Quem pensa que esta foi uma prova física desengane-se! Foi, mas foi mais uma prova de crescimento, a subida dos degraus da escada. Não foi pela noite, que é boa conselheira… não foi pela distância que, como o tempo, se apaga em cada passo… foi pela aventura de crescer… não apenas nesta noite, mas ao longo do percurso até ela.
Na avaliação nenhum de vós falou da distância, mas do que sentiram; nenhum de vós referiu medo, mas alegria, porque o medo desaparecia quando davam as mãos – sentido figurado, embora acredite que alguns as tenham dado – e isto é bonito, é a essência de toda a relação: dar as mãos e galgar a escada tanto como equipa, e/ou como pessoa.
São vocês jovens que estão a construir este maravilhoso grupo de PIONEIROS que ainda tem muito para andar, nós apenas os espectadores.
“O pior deste raid foi melhor que o melhor do ultimo…”; “não queres falar ainda Albino? então posso falar eu?…”; “tinha muito receio porque tinha dificuldade na orientação, mas a equipa…”; “foi brutal…”; “a nossa equipa mostra muita união…”; “não trocaria esta equipa por outra…”; e os silêncios “…”; “…”; “…” que às vezes dizem mais que as palavras. Lembram-se destas frases (mais ou menos assim ditas por vocês), e dos silêncios (…)?
Muito Obrigado Mauro pelo excelente testemunho que nos tens dado, pela linda lição de vida e crescimento com que nos tens ensinado… e muito, muito obrigado equipa Pitágoras pelo maravilhoso trabalho que têm desenvolvido. Sem o Mauro não seriam essa equipa! Daniela, definitivamente e inquestionavelmente, cada vez mais a “Boss”. Filipa, (MEPB) os bastidores são o teu palco, mesmo discreta, como é teu apanágio: completa, a autoridade, a Senhora, o farol da equipa. Tiago… enfim… um Senhor, um dos pilares onde assenta e hegemonia da equipa, simples mas tão profundo, poderoso. Fábio, o choque pela espectacular revelação que tem sido, portento e altruísta. Francisco, como tu há poucos, muito poucos mesmo, da discrição vem o espírito avassalador da tua presença, uma seta que dá paz à equipa. Da soma do quadrado dos vossos elementos, cresce ao quadrado a vossa equipa.
Sara quem diria?!! Que poço de energia (e paciência) e desabrochar de espírito escutista (sim, entre outras coisas todos lembramos que avançaste para a oração sem medos), discretamente és um motor a empurrar a equipa. Gonçalo, a Lei da equipa, a tua palavra vale ouro, é escutada e sentida pelos outros. Cuidado porque isso dá-te muita responsabilidade… e tu estás à altura! Dupla perfeita com o Pedro que representa os “Mandamentos da equipa”, do poder físico, mas sobretudo do intelectual e da sensatez, um “Boss” genuíno que prefere o “anonimato”. Albino, desta vez traído pela “lesão”, mostraste a tua coragem ao resistires até ao limite, uniste a equipa no sentimento de solidariedade. Porque tiveram a coragem de partir de um “Só sei que nada sei”, conseguiram a simplicidade de uma equipa cada vez mais completa e unida, com um trilho inesgotável pela frente.
E uma homenagem justa para os arquitectos desta actividade – como vocês disseram “poderosa” – o André, a Telma e a Cláudia (não interessa a ordem).
CANHOTAS