Nos dias 27 de abril a 1 de maio um grupo de peregrinos e a equipa de organização partiram para mais uma Peregrinação a pé a Fátima. Este caminho assume várias formas, entre quem fica e prepara refeições diariamente, quem se desloca e trata os peregrinos, quem coordena ou quem parte com os peregrinos, a conduzir ou a caminhar. Nestes dias o grupo de peregrinos caminhou com o nosso pároco Pe. Marcos Castro até ao Santuário. Saiba como correu pelo testemunho de alguns peregrinos!
Testemunhos
Foi mais que uma caminhada, foi peregrinar até à Mãe.Foram dias de introspecção e meditação, dias ricos de convívio, oração e também sacrifícios nos caminhos que tínhamos de percorrer.Quando chegamos a Fátima, esse lugar faz o coração transbordar de alegria, serenidade e paz, agradecemos à Mãe todos os benefícios concedidos e pedimos que continue a olhar por nós.É uma experiência tão rica, que só vivendo esses dias se consegue perceber a beleza das coisas simples da vida.Gratidão à organização que nos proporcionou este peregrinar.Ângela Silva
Para mim a peregrinação a Fátima é como uma pausa na vida quotidiana, uma pausa na azáfama. Uma travessia de reencontro com Deus onde sentimos o poder do seu amor presente em cada uma das pessoas que nos acompanham, ajudam, guiam, ouvem e animam.
Uma conexão com a fé, com a natureza e com a paz na re-descoberta de nós mesmos em Deus e também de agradecimento por tudo o que ele fez e faz por nós todos os dias.
Mafalda Santiago
Uma peregrinação que foi, continua a ser e certamente será por mais um tempo!
Tudo começou com um convite de um casal amigo. Disseram-nos que iríamos gostar e que seria bom para nós.
Não estava nos nossos planos para 2023, fazer 130 kms em 4 dias. Mas, graças a Deus, aceitámos e pudemos usufruir de toda uma experiência que foi muito além dos quilómetros percorridos.Malas prontas e partimos de Sintra, rumo à Bobadela. O desconforto da alvorada precoce rapidamente deu lugar ao entusiasmo e ansiedade de quem foi “à descoberta”, sem saber pormenores do que se passaria nos 4 dias seguintes, mas com a crença de que a organização tudo teria sob controlo, para que pudéssemos seguir tranquilos, ao encontro com a Mãe. E assim foi!
Tudo incrivelmente organizado e bem pensado: A divisão dos peregrinos por equipas, favorecendo um maior contacto com quem ainda não conhecíamos; Carros de apoio abastecidos com alimento, bebida e palavras de alento, em cada paragem; Locais de dormida prontos para nos receberem, com tratamento de bolhas, feridas e pernas cansadas; Refeições quentes carinhosamente confeccionadas e servidas; Dinâmicas individuais e em grupo para o caminho e para as noites, para que a peregrinação se tornasse mais rica; Momentos para rezar, para cantar, para rir e para escutar…Dias depois, permanecem as memórias do sol tórrido do primeiro dia, da bolha chata no mindinho, do duche express e do de água escaldante, do joelho inflamado, das noites ressonantes, das pernas arranhadas nas ervas, do cansaço muscular e do vento gelado no Santuário. Mas aquilo que ecoa verdadeiramente no nosso coração é o acolhimento com que fomos brindados, a generosidade com que a organização cuidou de nós (nos carros de apoio e nas refeições quentes de almoço e jantar), a amizade que nasceu entre nós e vários peregrinos que não conhecíamos, e claro, ecoam também as estrofes desgarradas do Hino JMJ, na voz do Pe. Marcos!!!
Voltámos de coração cheio, muito gratos por tudo o que nos foi proporcionado e com a expectativa de no próximo ano podermos voltar a participar. Jesus fez-se presente desde o convite que nos foi feito até ao último abraço recebido no dia da despedida. E, afinal de contas, era também disso que se tratava esta peregrinação… Cada um de nós, à sua maneira e com a sua condição individual, ser sinal da presença de Jesus na vida dos outros. Missão cumprida e a repetir, sem dúvida!Obrigado, Paróquia da Bobadela.
Pedro Sá Couto