No dia 18 de novembro aconteceu a Recoleção de Advento do Apostolado de Oração com o Pe. Nelson Faria sj na Igreja do Sagrado Coração de Jesus em Lisboa.
A proposta era “Quem vem lá? Em que Deus é que eu acredito verdadeiramente? Que Deus eu estou a adorar?”.
Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, a imagem de Deus nunca a vamos perder. Vamos sim, perder a semelhança de Deus, pelo pecado. O que temos de fazer é derrotar o pecado. Aqui é onde Deus nos diz: “amai os vossos inimigos”. Faça-se a Tua vontade! Ter disponibilidade apostólica, todas as nossas orações devem nos tornar disponível para ouvir a voz do Senhor.
Tenho de desejar a minha conversão, desejar de ser humilde, ou ter o desejo de desejar. Abraçar a minha cruz, fazer da minha vida uma rotina. Tornar-me disponível. Tenho de lembrar o que é a vida de fé. Nós somos filhos de Deus, não somos O Filho de Deus.
A verdadeira imagem de Deus é Cristo, Ele é que é o Filho de Deus. Também nos aconselhou a ler a Paixão de Cristo. Jesus é o nosso centro, mas, não basta dizer que Ele é o centro, mas dar testemunho do amor de Deus. O que Deus quer é um coração humilhado e contrito, não devemos esmorecer, peçamos a sua graça, porque vale a pena continuar a lutar todos os dias pela nossa conversão.
Também nos explicou resumidamente a história da salvação desde Abrão até Jesus. Desde sempre o que Deus quer é um coração arrependido, desde sempre. Deus acompanha-nos sempre, deus está sempre connosco. Deus não castiga, o nosso pecado é que tem consequências. As nossas faltas de amor para com Deus, quando eu não O amo ou estou a amar o que não devia amar, mais sedo ou mais tarde vai correr mal, ás vezes fazemos coisas sem termos consciência. Aconselhou-nos a olhar para os Evangelhos, para assim começarmos a construção do Presépio. Recordar Deus sempre pequeno. Não há lugar para Deus, e ainda hoje continua a não haver lugar para Deus nascer. Olhar a vida de Jesus e de Maria. Ter capacidade de me surpreender, continuar a espantar-me a admirar-me. Contemplar o Presépio, reparar que já lá está tudo. O Menino Jesus, é mesmo o meu Senhor! Como rezo? Rezo com Deus? Na minha oração faço a pergunta: que quer Deus que eu faça? “se hoje ouvires a voz do Senhor não fecheis o vosso coração”. Sl 94/85.
O mal é não nos entregarmos ao perdão, não nos entregarmos à reconciliação, pelo menos da nossa parte, sabendo que temos de esperar que o outro acolha o nosso perdão, mesmo que seja ele o culpado. Temos de entregar a Deus, isto pede conversão rápida, nem que seja pelo menos em desejo. Ser humilde, Deus é humilde é aquele que não cabe no universo, mas é capaz de estar todo inteiro num pedacinho de Pão. Este é Deus, Ele na humildade.
E eu posso querer ser outra coisa, senão como o meu Deus? Tudo o que vai contra a humildade vai-me afastando do amor. Aprender a viver com isto. Olhar para Jesus, deixou-se humilhar, maltratar e matar. Quando pensamos demasiado sobre a vida dos outros, cuidado que este é o terreno do pecado original. Agarremo-nos à árvore da vida que é a cruz, a única maneira de dar vida é dares-te a ti mesmo, dar a vida.
Assim continuou a explicar que a cruz não é o fim, a cruz é uma porta, e Jesus nos diz abraça a tua cruz. Não para ficar na cruz, mas que é uma oportunidade de dares vida e tens essa escolha nas tuas mãos. Não fugir, mas, perceber qual é a minha cruz.
Todas as curas de Jesus foram feitas para que assim possam seguir o seu caminho, olharem para o alto e perceber que Deus é o Senhor de tudo, o perdão vem de Deus, mas Ele pede para perdoarmos uns aos outros.
Olhar para o Presépio e contemplar Jesus menino, frágil que precisa de ser cuidado. Ele é o Filho de deus, Ele é Deus. Que nos diz: “ Eu sou o Caminho a Verdade e a Vida. Segue-me”.