Dia 15 de Dezembro de 2015
VALE A PENA LER E REFLECTIR
Um pequeno alerta para meditar… porque O IMPORTANTE SÃO OS JOVENS:
Porque inscrevemos os nossos filhos nos escuteiros? Não ficaria mais “barato” um ATL?
As respostas podem ser as que cada um quiser dar, na certeza que o escutismo pretende levar a educação à vida e não a vida à educação. E portanto é absolutamente inconcebível o escutismo em meio fechado… não se faz escutismo em sede…faz-se na vivência livre e real.
A verdadeira sede é o ar livre, a natureza, a comunidade, a aventura… para poder vir à superfície a essência e o espirito crítico de cada jovem, o seu infinito potencial de crescimento e desenvolvimento, hoje tão atrofiado pelas redomas em que vivemos.
É na natureza, através da vida no mundo, do homem, dos acontecimentos, do desconhecido que a criança terá a possibilidade de crescer, de avaliar a diferença entre aquilo que ela é e aquilo para onde tende. Perceber o que é, o que são os outros… e aquilo que quer vir a alcançar/ser.
“… não foi apenas para vos divertirdes e correr aventuras que vos fizestes escuteiros capazes e hábeis, mas que, tal como os pioneiros, exploradores e fronteiros que ides imitando, vos estais preparando para servir a vossa Pátria e serdes úteis aos outros que poderão precisar de auxílio. Tal é a aspiração dos melhores entre os homens…”
Sendo um objectivo do escutismo a cidadania, é necessário fechar as portas da sede e tão cedo quanto possível dar a cada um o hábito e gosto pela vida em patrulha, em grupo e, na última estância, em comunidade.
Tem riscos? Talvez, mas menos riscos, físicos e psicológicos, que a inactividade em frente a um televisor ou consola. Começam a surgir os primeiros estudos de crianças que contraem lesões mais graves com acidentes menores… porque não se desenvolvem fisicamente.
Tem riscos? Menos que aqueles que advém de horas seguidas a assistir a cenas de violência gratuita, física e psicológica nos “muito pedagógicos” programas televisivos e jogos. Começa-se a perceber que o Bulling não tem razão apenas no agressor, mas também em grande medida, na fragilidade da criança que vive fechada numa redoma de super protecção e menos nos seus “handicaps” físicos naturais… começam a surgir evidências de jovens que não sabem decidir por eles, mas pelo que vêem enquanto sentados nos sofás.
Tem contras? Mas menos que aqueles de lhes cortarmos as asas com as fraquezas das nossas inseguranças. E não, não lhes vamos dar aquilo que nós não tivemos dos nossos pais, mas aquilo que em consciência lhes mostra valores e sentido do outro, da vida em comunidade/patrulha, além de nós, de cada um.
O escutismo não se faz na sede… Na sede as crianças não se formam como escuteiros. A aventura da vida faz-se na vida, na vivência em liberdade onde o “eu” tem de ser confrontado com o mundo, com a realidade, com a frustração, com os desafios. Onde a criança cresce e aprende experimentando e sobretudo vivendo, escolhendo, criando, criticando… num “espaço” controlado pelo adulto.
Então pai/mãe, porque é que devo ficar em casa quando os escuteiros vão fazer uma actividade lá fora? Vão experimentar para a vida?
Uma pequena questão feita a um pai por um jovem:
Se me inscreveste no escutismo porque confias, acreditas que o movimento pode ser uma contribuição importante (às famílias), pela sua missão educativa entre as crianças, os adolescentes e os jovens…
Então porque é que, quando não correspondo às espectativas, por exemplo chumbo num teste, tenho um comportamento menos adequado… o castigo é impedir-me de participar numa actividade dos escuteiros?
Então o castigo é interromper a minha educação?
Um dos momentos mais assustadores da minha vida foi quando o meu filho de 8 anos foi com o agrupamento para os Açores. Uma semana sem contacto, sem uma palavra dele, com pessoas que na altura mal conhecia. Era uma decisão acertada permitir a sua ida?
A experiência mais rica da minha vida de pai, foram os anos seguintes, até hoje 12 anos passados, onde aprendemos tanto com a alegria mágica que ele nos transmitiu, nos seus relatos, no seu aprendizado, na sua vivência. Não, não nos limitámos a perguntar como correu, como se sentiu ou o que sentiu… isso era o que menos importava… realmente importante foi o diálogo das palavras e dos silêncios, a partilha das suas experiencias e a vivência da alegria e do crescimento que conseguimos sentir nele e com ele… Realmente fundamental é crescer a seu lado…
E isso só é possível se sairmos da nossa sede de paredes frágeis… se lhes permitirmos asas, ainda que com controlo remoto, que mais que educação para a vida, lhes ensine a viver vida.
Porque inscrevemos os nossos filhos nos escuteiros? Não ficaria mais “barato” um ATL?
As respostas podem ser as que cada um quiser dar, na certeza que o escutismo pretende levar a educação à vida e não a vida à educação. E portanto é absolutamente inconcebível o escutismo em meio fechado… não se faz escutismo em sede…faz-se na vivência livre e real.
A verdadeira sede é o ar livre, a natureza, a comunidade, a aventura… para poder vir à superfície a essência e o espirito crítico de cada jovem, o seu infinito potencial de crescimento e desenvolvimento, hoje tão atrofiado pelas redomas em que vivemos.
É na natureza, através da vida no mundo, do homem, dos acontecimentos, do desconhecido que a criança terá a possibilidade de crescer, de avaliar a diferença entre aquilo que ela é e aquilo para onde tende. Perceber o que é, o que são os outros… e aquilo que quer vir a alcançar/ser.
“… não foi apenas para vos divertirdes e correr aventuras que vos fizestes escuteiros capazes e hábeis, mas que, tal como os pioneiros, exploradores e fronteiros que ides imitando, vos estais preparando para servir a vossa Pátria e serdes úteis aos outros que poderão precisar de auxílio. Tal é a aspiração dos melhores entre os homens…”
Sendo um objectivo do escutismo a cidadania, é necessário fechar as portas da sede e tão cedo quanto possível dar a cada um o hábito e gosto pela vida em patrulha, em grupo e, na última estância, em comunidade.
Tem riscos? Talvez, mas menos riscos, físicos e psicológicos, que a inactividade em frente a um televisor ou consola. Começam a surgir os primeiros estudos de crianças que contraem lesões mais graves com acidentes menores… porque não se desenvolvem fisicamente.
Tem riscos? Menos que aqueles que advém de horas seguidas a assistir a cenas de violência gratuita, física e psicológica nos “muito pedagógicos” programas televisivos e jogos. Começa-se a perceber que o Bulling não tem razão apenas no agressor, mas também em grande medida, na fragilidade da criança que vive fechada numa redoma de super protecção e menos nos seus “handicaps” físicos naturais… começam a surgir evidências de jovens que não sabem decidir por eles, mas pelo que vêem enquanto sentados nos sofás.
Tem contras? Mas menos que aqueles de lhes cortarmos as asas com as fraquezas das nossas inseguranças. E não, não lhes vamos dar aquilo que nós não tivemos dos nossos pais, mas aquilo que em consciência lhes mostra valores e sentido do outro, da vida em comunidade/patrulha, além de nós, de cada um.
O escutismo não se faz na sede… Na sede as crianças não se formam como escuteiros. A aventura da vida faz-se na vida, na vivência em liberdade onde o “eu” tem de ser confrontado com o mundo, com a realidade, com a frustração, com os desafios. Onde a criança cresce e aprende experimentando e sobretudo vivendo, escolhendo, criando, criticando… num “espaço” controlado pelo adulto.
Então pai/mãe, porque é que devo ficar em casa quando os escuteiros vão fazer uma actividade lá fora? Vão experimentar para a vida?
Uma pequena questão feita a um pai por um jovem:
Se me inscreveste no escutismo porque confias, acreditas que o movimento pode ser uma contribuição importante (às famílias), pela sua missão educativa entre as crianças, os adolescentes e os jovens…
Então porque é que, quando não correspondo às espectativas, por exemplo chumbo num teste, tenho um comportamento menos adequado… o castigo é impedir-me de participar numa actividade dos escuteiros?
Então o castigo é interromper a minha educação?
Um dos momentos mais assustadores da minha vida foi quando o meu filho de 8 anos foi com o agrupamento para os Açores. Uma semana sem contacto, sem uma palavra dele, com pessoas que na altura mal conhecia. Era uma decisão acertada permitir a sua ida?
A experiência mais rica da minha vida de pai, foram os anos seguintes, até hoje 12 anos passados, onde aprendemos tanto com a alegria mágica que ele nos transmitiu, nos seus relatos, no seu aprendizado, na sua vivência. Não, não nos limitámos a perguntar como correu, como se sentiu ou o que sentiu… isso era o que menos importava… realmente importante foi o diálogo das palavras e dos silêncios, a partilha das suas experiencias e a vivência da alegria e do crescimento que conseguimos sentir nele e com ele… Realmente fundamental é crescer a seu lado…
E isso só é possível se sairmos da nossa sede de paredes frágeis… se lhes permitirmos asas, ainda que com controlo remoto, que mais que educação para a vida, lhes ensine a viver vida.
Alerta para servir.
João OliveiraFicam aqui alguns momentos de há muitos anos atrás para percebermos o quanto cresceram:
João OliveiraFicam aqui alguns momentos de há muitos anos atrás para percebermos o quanto cresceram:
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