O Papa Francisco destacou as «mulheres corajosas» na Igreja incentivando à oração que “faz milagres” impedindo que o coração “endureça sob as cinzas dos juízos, das infinitas críticas”.

“Quando falta piedade no coração, sempre pensa-se mal e não se entende quem reza com dor e angústia e a confiam ao Senhor. Com quanta facilidade nós julgamos as pessoas, com quanta facilidade não temos respeito”, disse esta manhã, na Eucaristia na Capela da Casa de Santa Marta.

Na homilia, o Papa partiu de uma passagem do primeiro Livro de Samuel: do lado do juízo está o sacerdote Eli, “um pobre homem”, que observa Ana, que “rezava em seu coração” a Deus por um filho, e trata-a como “bêbada”. Francisco revela que sente uma “certa simpatia” por este sacerdote porque “também” vê em si defeitos que o “aproximam dele e fazem entendê-lo melhor”. “Esta é a coragem de uma mulher de fé que, com a sua dor, com as suas lágrimas, pede a graça ao Senhor”, comentou.

Francisco disse que existem “muitas mulheres corajosas na Igreja”, que rezam como “se fosse uma aposta” e deu como exemplo Santa Mónica que com as “suas lágrimas” conseguiu a graça da conversão do seu filho, Santo Agostinho.

Neste contexto, o Papa argentino contou ainda a história de um homem de Buenos Aires cuja filha de nove anos estava hospitalizada em fim de vida e passou a noite no Santuário da Virgem de Lujàn onde rezou nos portões para “pedir a graça da cura para a menina e na manhã seguinte” encontrou-a curada.

A partir destes exemplos Francisco frisou que a “oração faz milagres” também para os cristãos – leigos; sacerdotes e bispos – que “perderam a devoção e a piedade”.

Fonte: Ecclesia

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