O presidente da (CNJP), Pedro Vaz Patto, disse à Agência ECCLESIA que o próximo ano deve ter a preocupação de rejeitar o “perigoso equilíbrio do terror” que rodeia o armamento nuclear e as ameaças como efeito “dissuasor”.

“Há que inverter a lógica do equilíbrio do terror, não é ele que vai propor a verdadeira paz. Os recursos dispensados na corrida aos armamentos poderiam ser despendidos para satisfazer necessidades da população mundial”, refere, num comentário à mensagem do Papa Francisco para o 50.º Dia Mundial da Paz (1 de janeiro de 2017).

O tema escolhido pelo pontífice para o lançamento do novo ano foi “A não-violência: estilo de uma política para a paz”.

“Temos de abrir-nos ao mundo inteiro e não pensar que pelo facto de estarmos bem ficamos imunes ao que acontece lá fora, até porque acabará por nos afetar.

“A paz brota do mais íntimo do coração humano. O primeiro núcleo social de uma pessoa é a família. Numa lógica própria de diálogo, de correção que procura o bem do outro, de amor, este relacionamento deve estender-se a toda a sociedade”.

“Quando fala de diálogo e não-violência tem aplicação a todos os níveis de conflitos. Os conflitos sociais, políticos devem ser encarados numa perspetiva de diálogo de busca pela justiça, sabendo reconhecer que podemos aprender com a visão do outro”, assinala Pedro Vaz Patto.

O presidente da CNJP lê ainda o ‘espírito de Assis’ na mensagem que o Papa publicou, onde enaltece o contributo das religiões para a paz.

“Nenhuma religião na sua autenticidade pode invocar o nome de Deus para justificar a violência, isso é uma profanação de Deus”, conclui.

Fonte: Ecclesia

http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/nacional/dia-mundial-da-paz-2017-deve-marcar-fim-da-logica-do-equilibrio-do-terror/